A volúpia do nosso amor
Corre em minhas veias.
Tu tornas meu corpo flébil
Inefavelmente radiante.
Essa felicidade que escorre
Por meus olhos, mádida como
Um rio deságua endênico em nossos
Corpos, arais sutis, mórbidos
Que encerram minha lástima dando
Vida à chama ideal de todos os mistérios.
Ao fim de nossa purpural dança,
O ocaso atroz em sua mudez sórdida,
Como a fel de um vulcão, esboroado
De prazer, como um nirvana,
Engole meu caos e torna meu inferno
E meu céu, simplesmente turbilhões de mar.
O elo entre minha lua e meu sol
Se esvai como névoa na noite finita,
Deixando seu toque doce ainda pendendo
Em meu zeloso ser.
Dilacerados, meus músculos,
Como heliotropos em busca de sol,
Agonizam em busca lúgubre, ebúrnia e hialina,
Ao seu ser. O arrebol de minhas faces trêmulas
Faz refulgir teu riso, em meu sonho infinito, glorioso e eterno.
by Binchs e Driko